As verificações administrativas e técnicas tiveram início no amplo acampamento de Bisha, no sudoeste da Arábia Saudita. Entre os candidatos ao título nos automóveis na 47ª edição do Dakar, três equipas enfrentam o desafio com veículos totalmente novos: o Dacia Sandrider, o Ford M-Sport Raptor e um Mini X-raid equipado com motor a gasolina.
Um vento de mudança está também a varrer a categoria de motocicletas. O fabricante indiano Hero tem grandes ambições, lideradas pelo campeão mundial Ross Branch. Ao mesmo tempo, todos os olhares estão postos no prodígio espanhol Edgar Canet, que já faz parte da equipa de primeira linha da KTM com a tenra idade de 19 anos.
O Dakar está também a nutrir a próxima geração a todos os níveis. O programa Challenger da Red Bull, que produziu estrelas do calibre de Seth Quintero e Guillaume de Mévius, continua a alimentar a sua reserva de talentos. Entretanto, a iniciativa Saudi Next Gen pretende lançar jovens pilotos sauditas para o lado da corrida.
Outro destaque do Dakar 2025 é a tão aguardada estreia nas quatro rodas de Toby Price e Sam Sunderland, ambos antigos campeões em duas rodas, agora juntos numa Toyota Hilux
O Dakar marca também o início da quarta temporada do Campeonato Mundial de Ralis-Raid (W2RC), que se desenvolverá em 2025 em cinco provas. Entre eles, uma nova e entusiasmante adição ao calendário: o South African Safari Rally.
Foi realizada uma conferência de apresentação com os organizadores das cinco etapas, juntando pilotos, pilotos e tripulações prontos para disputar o campeonato.
NASSER AL ATTIYAH: "PRECISAMOS DE ACERTAR NA NOSSA ESTRATÉGIA"
Entre as três equipas que vão alinhar carros novos, os Dacia Sandriders se mostraram muito competitivos ao dominarem o recente Rallye du Maroc. A equipa não esconde o objetivo de querer vencer à primeira tentativa, tal como Ari Vatanen fez no seu auge com a Peugeot e mais tarde com a Citroën.
A liderar este fantástico team está nada mais nada menos que o cinco vezes vencedor do Dakar, Nasser Al Attiyah. Depois de uma rara desistência no ano passado, o qatari está determinado a recuperar o seu confortável lugar de grande destaque das últimas edições.
“Acabámos por ter um ano fantástico, vencendo o campeonato e conquistando os dois primeiros lugares em Marrocos”, recorda o piloto. "Estamos no bom caminho. Passámos muito tempo a testar, por isso temos as ferramentas para vencer o Dakar, mas teremos de ser inteligentes."
Um dos pilotos que melhor conhece a região acrescentou:
"Parece que estamos a fazer o Dakar ao contrário. Começamos com uma etapa longa, depois a etapa maratona de 48 horas, em seguida outra etapa longa, a primeira semana parece mais uma segunda semana do Dakar, por isso teremos de acertar a nossa estratégia para levar o carro para o dia de descanso em boa forma e inteiro”.
O seu companheiro de equipa Sébastien Loeb ainda persegue a sua primeira vitória no Dakar. Agora na sua nona tentativa, espera finalmente juntar-se ao seleto clube dos vencedores do Dakar. A apenas dois dias do prólogo, Loeb está mais preocupado com as surpresas que o percurso reserva do que com a escassa experiência da sua nova máquina:
"Para a etapa maratona de 48 horas, vi que vai ter um ponto de serviço, que diz- me que provavelmente enfrentaremos sérios riscos de furos na primeira parte da especial de dois dias o que diz-me que provavelmente enfrentaremos sérios riscos de furos na primeira parte."
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