Hugo Araújo vai celebrar de forma especial os 10 anos desde que pela primeira vez participou na Rampa da Falperra – em 2014.
“Tenho memória de assistir pela primeira vez à Rampa da Falperra em 1985 – então com 4 anos – e nunca mais me esqueci do andamento do protótipo do Mauro Nesti, do espetáculo sonoro do Audi Quattro do Claude Jeanneret ou do Volvo 240 Turbo e BMW 635 CSi dos portugueses António Rodrigues e José Peres. Foi a partir daquele momento que passei a sonhar em ser piloto” refere Araújo.
O piloto não esconde a alegria de poder concretizar este projeto alavancado pelo vontade dos seus patrocinadores de que esta seja uma Rampa da Falperra memorável.
Atualmente afastado dos campeonatos nacionais - foi tetra-campeão em 4 campeonatos consecutivos e distintos de 2016 a 2019 e vice-campeão Turismos de Montanha 2019 – o bracarense está atualmente com um projeto desportivo internacional, correndo no mítico Inferno Verde – Nürburgring Nordschleife. No entanto a data marcante aliada à inesperada oportunidade de pilotar um protótipo fizeram o resto.
“Tenho planos para regressar ao CPM em 2025 e esta será uma oportunidade de ouro para perceber a minha adaptação ao Silvercar, para os meus patrocinadores avaliarem o retorno do investimento, para celebrar os 10 anos desde a primeira e tão sonhada participação, enfim, espero que seja um fim de semana memorável”.
Hugo Araújo é competitivo por natureza. Habituado a lutar pelas vitórias em todas as categorias em que se insere, desde a velocidade aos ralis, não será de estranhar que possa imiscuir-se no pódio dos Protótipos B apesar do piloto revelar alguma cautela quanto a objetivos desportivos.
“Estou e vou certamente acusar alguma falta de ritmo de Montanha. Correndo no Nordschleife ajuda óbvio, mas tirando a volta de qualificação, as corridas são longas e estamos sempre num ritmo de gestão diferente, inclusive de poupança de material, bem diferente do ritmo que se imprime na Montanha. Fará 2 anos que fiz a Falperra pela última vez, porém sei que quando coloco o capacete as coisas podem mudar. Sou competitivo e quero mostrar que tenho lugar neste CPM ao mais alto nível, mas não posso hipotecar um futuro projeto por um resultado esporádico pelo que terei de ter isso em consideração, até porque, vou guiar o Silvercar pela primeira vez na primeira subida de Sábado!”.
O piloto que defenderá as cores de parceiros portugueses, não esconde a satisfação por poder estar presente neste evento desportivo de referência da cidade que o viu nascer.
“Esta Rampa traz muito à cidade e espero poder maximizar o sucesso da mesma com a imagem dos meus patrocinadores. O meu profundo agradecimento a todos os que me ajudam a tentar o regresso. Depois de pandemia não tem sido fácil, mas tenho tido um incrível apoio de todos, quer por parte de equipas que manifestam interesse, quer pelos amigos e família, quer pelos patrocinadores – recentes e menos recentes – e também dos muitos fans que se têm pronunciado e dado o seu apoio.”
O piloto bracarense e o Silvercar EF10 estão presentes esta tarde na exposição inaugural do evento no centro da cidade de Braga antes de se darem à parte competitiva da rampa.
O traçado da 43ª Rampa Internacional da Falperra tem uma extensão de 5200 metros, com uma inclinação média de 5,0% e uma inclinação máxima de 9,00%. Na jornada de sábado, os pilotos do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group enfrentam duas subidas de treinos e uma de prova, com a jornada a ter início aprazado para as 11:05 da manhã. No domingo, a refrega começará cedo, logo às 9:25, com a última subida de treinos do fim-de-semana. Seguem-se as restantes duas subidas de prova, estando a cerimónia de entrega de prémios marcada para as 16:00 horas.
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