
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.










Campeão mundial de Produção de 1995 regressou à competição com uma exibição sólida ao volante do Hyundai i20 Rally2, interrompida por problemas mecânicos a quatro classificativas do fim.
Lisboa, 3 de novembro de 2025 — O Rally de Lisboa 2025 terminou de forma agridoce para Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva. A dupla da CNR Competition foi forçada a abandonar a prova a quatro classificativas do fim, devido a problemas de motor no Hyundai i20 Rally2, quando seguia a apenas quatro segundos do pódio e em plena luta pelo terceiro lugar da geral e da Taça de Portugal de Ralis.
O regresso de Rui Madeira aos ralis, depois de uma ausência prolongada ao volante de um Rally2, foi particularmente desafiante. O piloto português — campeão mundial de Produção em 1995 e embaixador da prova lisboeta — não competia neste tipo de carro em asfalto desde junho de 2023 e em pisos de terra desde maio de 2024, tendo realizado apenas um breve teste antes da prova. Ainda assim, manteve-se competitivo e chegou a ocupar posições de pódio frente a alguns dos mais experientes nomes do Campeonato de Portugal de Ralis.
“Foi um rali que começou muito bem e, desde o shakedown, percebemos que tínhamos uma boa base de afinações para o Hyundai. Na primeira etapa terminámos na terceira posição e, embora pudéssemos ter melhorado, superámos claramente as expectativas”, destacou Rui Madeira, sublinhando o desempenho consistente e o bom ritmo logo desde os primeiros troços disputados sob chuva.

Determinada a lutar por um lugar no pódio, a dupla entrou ao ataque no segundo dia de prova, chegando a estar a escassas décimas do melhor tempo parcial.
“Iniciámos a primeira especial ao ataque e, no penúltimo parcial, estávamos a três décimas do melhor tempo. Uma travagem mais forte e uma pequena escorregadela desligaram o carro, o que nos fez perder alguns segundos e cair para quarto. A ideia era continuar a atacar e dar tudo na serra de Sintra”, recordou o piloto.
Mas o desenlace acabou por ser amargo. Na PEC de Alcabideche 1, um problema de motor ditou o abandono.
“As corridas só acabam no fim, e quando parecia que íamos usufruir da pilotagem de um Rally2 em troços que tanto gostamos, o motor pregou-nos uma partida. Ficámos muito tristes, queríamos imenso estar no pódio e dedicar esse resultado à equipa CNR Competition, pelo convite, e à Esc Online, o nosso parceiro principal, pela confiança contínua nestes três anos”, lamentou Rui Madeira.
Apesar da desistência, Rui Madeira fez questão de enaltecer o trabalho da organização do CPKA e o crescimento sustentado do Rally de Lisboa, defendendo a sua integração no Campeonato de Portugal de Ralis.
“Se o Rally de Lisboa não for integrado no CPR, será uma grande injustiça. A organização tem feito um esforço notável ao longo dos últimos cinco anos e a prova merece esse reconhecimento”, afirmou.

A temporada de Rui Madeira encerra-se agora com presença confirmada no Fafe Historic Rally, prova pontuável para o European Historic Rally Championship (EHRC). O piloto voltará a competir ao volante do icónico Mitsubishi Lancer Evo III, símbolo de uma carreira que marcou gerações de adeptos.
“Será especial terminar o ano em casa, com o nosso Mitsubishi e junto do público que sempre nos apoiou”, concluiu o piloto português.
A disputar-se entre 8 e 9 de novembro, o Historic Rally Fafe 2025 será a décima ronda do campeonato europeu FIA EHRC. A prova, organizada pela Demoporto – Clube de Desportos Motorizados do Porto, contará com 130 quilómetros cronometrados em asfalto, num total de 351 quilómetros de percurso.
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