
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.













O Euro NCAP vai alterar profundamente o seu sistema de avaliação de segurança a partir de 2026, introduzindo novos critérios, mais testes e uma metodologia baseada em quatro fases do risco rodoviário — antes, durante e depois do acidente. É a maior reformulação desde a criação da classificação global por estrelas, em 2009.
A entidade europeia responsável pela referência de segurança automóvel pretende adaptar-se ao contexto atual de condução, marcado pela crescente complexidade tecnológica e pela necessidade de avaliar o comportamento real dos veículos em circulação. As mudanças, desenhadas para oferecer maior rigor e proximidade às condições de utilização quotidiana, resultam numa nova estrutura de avaliação dividida em quatro pilares: Condução Segura, Prevenção de Acidentes, Proteção em Caso de Acidente e Segurança Pós-Acidente. Cada fase será pontuada até 100 pontos e continuará a determinar a classificação final em estrelas.
O novo protocolo surgirá acompanhado de testes mais amplos para assistência ao condutor, proteção de ocupantes e atuação dos sistemas após um embate. Pela primeira vez, avaliações como monitorização de atenção do condutor, interação homem-máquina, precisão da leitura de limites de velocidade e ergonomia dos comandos físicos passam a influenciar claramente a pontuação das marcas.
A revisão responde a críticas de consumidores sobre sistemas de assistência considerados intrusivos e pouco naturais. A partir de 2026, estes sistemas serão avaliados tanto em pista como em condução real, valorizando funcionalidade sem gerar frustração no utilizador. Situações urbanas com ciclistas, motociclos e peões passam também a estar mais presentes nos cenários de teste.
A proteção em colisão será igualmente alargada para representar diferentes estaturas e idades, recorrendo a crash-tests completos, testes de bancada e simulação virtual detalhada. No pós-acidente, surgem requisitos específicos para veículos elétricos: gestão segura da bateria de alta voltagem, avisos de risco de incêndio e garantia de que puxadores exteriores elétricos permanecem funcionais para permitir o acesso de equipas de emergência.
Automóveis deverão ainda fornecer informação automática sobre número de ocupantes, mesmo sem cinto de segurança colocado, visando encurtar o tempo de resposta e melhorar as hipóteses de sobrevivência.
Segundo Michiel van Ratingen, secretário-geral do Euro NCAP, a revisão trienal continuará a reforçar critérios e a premiar carros capazes de atuar em todas as fases do acidente: evitar, resistir e apoiar o socorro. O organismo sublinha que o foco permanece no mesmo ponto desde a sua fundação — reduzir lesões graves e mortalidade rodoviária através da evolução tecnológica e da pressão regulatória sobre construtores.
Os novos protocolos serão demonstrados publicamente num evento técnico e mediático entre 17 e 18 de março de 2026.
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