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Mercado de ligeiros sobe 6,7% até novembro com BYD e MG a disparar e Tesla em retração

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    Redação Europa
  • há 5 horas
  • 5 min de leitura

Peugeot mantém liderança entre ligeiros e comerciais ligeiros
Peugeot mantém liderança entre ligeiros e comerciais ligeiros

Peugeot mantém liderança entre ligeiros e comerciais ligeiros, mas elétricas chinesas ganham peso e redistribuem forças no topo do mercado.


O mercado português de veículos ligeiros (ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros) fechou novembro com sinal positivo, consolidando um ano de crescimento estável mas com mudanças importantes na composição do ranking de marcas. No conjunto do mês, foram matriculados cerca de 19,6 mil veículos ligeiros, mais 3,4% do que em novembro de 2024.


No acumulado de janeiro a novembro, o setor soma cerca de 232,9 mil unidades, o que representa um aumento de 6,7% face às 218,3 mil do período homólogo.


Neste contexto de expansão moderada, os dados mostram duas leituras claras: por um lado, a liderança das marcas generalistas tradicionais mantém-se sólida; por outro, começa a ficar nítido o impacto das novas marcas eletrificadas, com crescimentos percentuais muito acima da média, ao mesmo tempo que alguns “players” emblemáticos, como a Tesla, perdem terreno.


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Um mercado ainda dominado por generalistas, mas sob pressão de novos protagonistas

No acumulado de 2025, o topo do mercado de veículos ligeiros continua a ser liderado pela Peugeot, com cerca de 25,4 mil unidades e uma quota próxima dos 11%. Seguem-se Renault (18,8 mil; 8,1%), Mercedes-Benz (17,5 mil; 7,5%), Dacia (15,9 mil; 6,8%) e Toyota (cerca de 14 mil; 6,0%). Logo atrás surgem Volkswagen, BMW, Citroën, Opel e Ford, completando o “top 10” de um mercado ainda muito concentrado nas marcas de maior tradição.


Em termos de volume absoluto, o mapa não muda radicalmente face a 2024: as grandes marcas continuam a garantir a maioria das matrículas. Contudo, quando se olha para a variação percentual e para as marcas que mais sobem ou mais caem, o cenário torna-se mais dinâmico.


Novembro: explosão de BYD, Fiat e Cupra, queda acentuada de Tesla e Nissan

Analisando apenas o mês de novembro e focando as marcas com expressão já relevante (mais de 200 unidades no mês), os destaques são claros:

  • BYD duplicou as matrículas face a novembro de 2024, passando de 336 para 706 veículos ligeiros (+110%).

  • Fiat teve um comportamento semelhante, subindo de 267 para 548 unidades (+105%), muito impulsionada pelo desempenho nos comerciais ligeiros.

  • Cupra também se destacou, com 388 matrículas face a 196 um ano antes (+98%).

  • MG cresceu de 165 para 289 unidades (+75%), consolidando a imagem de marca em forte expansão.

  • Jeep avançou de 136 para 210 unidades (+54%), num segmento onde cada ponto de quota é disputado.


No outro extremo, as marcas com maior retração em novembro foram:

  • Tesla, que caiu de 801 para 425 unidades (-47%), num mês particularmente fraco para a marca em comparação com o pico do ano anterior.

  • Nissan, de 626 para 366 unidades (-41,5%).

  • Seat, com uma descida de 583 para 394 unidades (-32,4%).

  • Volkswagen, apesar de continuar bem posicionada no ranking anual, recuou de 1.344 para 1.012 unidades (-24,7%) no mês.

  • Peugeot, líder do ano, também sentiu pressão em novembro, com uma queda de 2.082 para 1.792 veículos (-13,9%).

Em síntese, novembro mostrou um mercado mais fragmentado, com crescimento forte de marcas em ascensão, sobretudo associadas à eletrificação, e um abrandamento pontual de algumas generalistas e de referências do mercado elétrico puro.


Ano 2025: BYD e MG disparam no acumulado, Skoda e Opel consolidam subida

Quando o foco passa para o acumulado de janeiro a novembro, e considerando apenas as marcas com maior presença (mais de 3.000 unidades no ano), o retrato de 2025 revela-se ainda mais revelador:

  • BYD é a marca que mais cresce em termos relativos, passando de cerca de 2.604 para 5.570 veículos ligeiros (+114%). O salto mostra que a ofensiva elétrica chinesa deixou de ser ruído estatístico para se tornar um fator estrutural no mercado.

  • MG praticamente multiplica por 1,7 as suas matrículas, de 2.090 para 3.661 unidades (+75%), consolidando a sua posição entre as marcas de segundo escalão em volume, mas com tendência claramente ascendente.

  • Skoda também regista subida robusta: de 3.676 para 4.917 unidades (+33,8%), beneficiando da renovação de gama e do posicionamento racional em preço/valor.

  • Opel cresce de 8.275 para 9.762 veículos (+18%), reforçando presença no grupo de marcas que combinam forte presença em ligeiros de passageiros com um peso não negligenciável em comerciais.

  • Volkswagen, apesar do recuo em novembro, regista no ano uma evolução positiva de 12.164 para 13.452 unidades (+10,6%), o que mostra um desempenho anual sólido.


Do lado das quedas no acumulado:

  • Tesla desce de 8.377 para 6.378 unidades (-23,9%), perdendo quota num cenário em que novos concorrentes elétricos multiplicam a oferta e as campanhas.

  • Volvo recua de 6.450 para 5.579 veículos (-13,5%).

  • Seat baixa de 7.067 para 6.205 unidades (-12,2%).

  • Hyundai desce de 6.461 para 5.783 matrículas (-10,5%), uma queda moderada, mas suficiente para a afastar um pouco dos primeiros lugares em quota.

  • Citroën apresenta um ligeiro recuo, de 12.019 para 11.849 unidades (-1,4%), mantendo, apesar disso, presença confortável no “top 10”.


O saldo é um mercado onde algumas generalistas continuam estáveis ou em crescimento moderado, mas em que as marcas de origem chinesa ou com forte aposta em eletrificação assumem um papel cada vez mais visível, pressionando a concorrência e absorvendo parte da procura por veículos elétricos e híbridos plug-in.


Comerciais ligeiros: Toyota e Fiat em alta, Peugeot segura a dianteira

Dentro do universo dos veículos ligeiros, o subsegmento de comerciais ligeiros ajuda a explicar parte das movimentações:

  • Em novembro, Fiat dispara de 98 para 336 comerciais ligeiros (+243%) e Toyota sobe de 163 para 472 unidades (+190%), duas das maiores variações mensais no canal profissional.

  • Renault também mostra um avanço expressivo, de 301 para 456 unidades (+51,5%).

  • Já marcas como Peugeot, Mercedes-Benz ou Iveco recuam no mês, refletindo uma redistribuição das preferências dos frotistas e pequenas empresas.


No acumulado do ano, o retrato é mais equilibrado:

  • Toyota cresce cerca de 14% em comerciais ligeiros,

  • Volkswagen sobe quase 12%,

  • Opel reforça-se com um ganho de cerca de 8%,enquanto Fiat, Citroën e Renault apresentam variações mais contidas ou ligeiramente negativas.


Mesmo assim, a Peugeot mantém-se como uma das referências em volume entre os comerciais, beneficiando da amplitude de gama e de uma base instalada muito forte, ainda que sem os crescimentos exuberantes de algumas rivais em 2025.


Um mercado em transição: estabilidade no topo, mobilidade no meio da tabela

O conjunto dos dados de novembro e do acumulado do ano revela um mercado de ligeiros e comerciais ligeiros que cresce de forma sustentada, mas atravessa uma fase de transição estrutural:

  • As grandes marcas generalistas continuam a dominar o ranking, mas com crescimentos mais próximos da média do mercado.

  • As marcas com gama elétrica competitiva, em particular BYD e MG, avançam rapidamente, captando clientes tanto vindos de outras marcas elétricas como de quem faz a transição a partir de modelos a combustão.

  • No canal profissional, o desempenho de Toyota, Fiat e Volkswagen nos comerciais ligeiros mostra que a renovação de frotas está longe de ser indiferente à eficiência e ao custo total de utilização, com impacto direto nas escolhas de marca.


Se a tendência se mantiver até ao fecho do ano, 2025 ficará marcado como um ponto de viragem em que, sem derrubar o bloco das marcas tradicionais, os novos protagonistas passam a ter presença significativa e a influenciar estratégias de produto, preço e canal de venda.


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