
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.
















António Félix da Costa esteve entre os protagonistas da prova inaugural do Mundial FIA de Fórmula E em São Paulo, liderou voltas, rodou sempre no grupo da frente e tinha ritmo para terminar no pódio. Um forte impacto na traseira do seu Jaguar, causado por outro piloto a três voltas do fim, destruiu as suas hipóteses e deixou o português num inglório 12.º lugar.
A estreia de António Félix da Costa pela TCS Jaguar Racing no Mundial de Fórmula E mostrou competitividade, controlo estratégico e capacidade de adaptação imediata ao novo monolugar. O piloto português foi destaque desde a qualificação, onde assinou o tempo mais rápido na fase de grupos e garantiu o sexto lugar na grelha após os duelos.
O desempenho alimentava expectativas positivas para a corrida no Sambódromo do Anhembi.
Na prova, Félix da Costa confirmou o ritmo demonstrado pela Jaguar. Instalou-se rapidamente no top-4, liderou a corrida em determinados momentos e procurou gerir energia para atacar nas voltas finais — uma abordagem típica das provas elétricas e que vinha a funcionar. Contudo, a estratégia foi comprometida por um safety-car inesperado precisamente no momento em que se preparava para ativar o último attack mode, situação que anulou o planeamento da equipa britânica.
Apesar desse revés, o português seguia em sexto e mantinha margem para recuperar posições quando, a três voltas do fim, tudo mudou: o piloto espanhol Pepe Martí perdeu o controlo do seu carro e embateu violentamente na traseira do Jaguar número 13 e capotou. O impacto destruiu a asa traseira e o fundo plano, provocando bandeira vermelha imediata.
De acordo com o regulamento da Fórmula E, qualquer reparação efetuada durante a interrupção implica relegação para o final da grelha na volta de reinício. Assim, apesar de ter sido vítima do incidente, Félix da Costa foi obrigado a arrancar do fundo para o último sprint de uma volta — insuficiente para recuperar posições. Terminou em 12.º, sem pontos, num desfecho tão injusto quanto frustrante para a sua estreia.
No final, o piloto de Cascais não escondeu a desilusão:
“Hoje estávamos no lugar errado à hora errada, não tinha mesmo nada a fazer quando o Pepe Martí travou na minha traseira. Num dia com boa performance, onde tínhamos boas possibilidades de sair daqui com um 3.º ou 4.º lugar, é inglório sair a zeros.”

Ainda assim, o português destacou os sinais positivos da estreia, sublinhando o forte desempenho em qualificação e corrida, além da confiança crescente com o carro da Jaguar.
Jake Dennis (Andretti) venceu a prova graças a uma utilização tardia e eficaz do attack mode, que lhe permitiu controlar as últimas voltas. Oliver Rowland (Nissan) foi segundo e Nick Cassidy (Citroën) completou o pódio.
O campeonato segue agora para o circuito Hermanos Rodríguez, na Cidade do México, onde a 10 de janeiro terá lugar a segunda ronda da temporada — oportunidade para Félix da Costa e a Jaguar converterem o bom ritmo de São Paulo em resultados.
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