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Quanto custa fazer 100 km em Portugal: de elétrico, gasolina ou gasóleo

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    Redação Europa
  • há 41 minutos
  • 4 min de leitura

Quanto custa fazer 100 km em Portugal: de elétrico, gasolina ou diesel

Com o custo de carregamento a variar muito de preço total pago entre carregar em casa à noite e ligar-se a um carregador rápido na autoestrada ou no supermercado, o “custo por 100 km” de um elétrico pode ir de valores muito baixos a números próximos (ou até acima) do que se paga para abastecer num carro a combustão. 


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Para tirar a discussão do “achismo”, fizemos as contas com preços médios atuais em Portugal e com consumos médios realistas, no caso dos modelos a gasolina, com médias de veículos com sistemas híbridos simples.


Deixámos de fora os modelos Plug-In devido a uma grande variedade de cenários que podem influenciar o consumo real destes modelos.


Os preços usados nas contas (Portugal, final de dezembro de 2025)

  • Gasolina 95 simples (média): 1,693 €/l 

  • Gasóleo simples (média): 1,587 €/l 

  • Eletricidade (referência mercado livre): 0,1297 €/kWh (exemplo de tarifa digital indicada para dezembro de 2025; preços variam por comercializador e perfil)

  • Carregamento público rápido/DC: em Portugal, o custo varia muito por operador e inclui parcelas (energia, tempo e/ou sessão).


A conta que interessa: euros por cada 100 km

Para tornar a comparação justa, usamos consumos típicos, um veículo Elétrico com consumo médio de 18 kWh/100 km (média realista para compacto/crossover em uso misto), veículo a Gasolina: 7,0 l/100 km (carro médio) e Gasóleo: 6,0 l/100 km (carro médio).


Tabela — custo por 100 km (cenários mais comuns)

Tipo de utilização

Consumo usado

Preço unitário

Custo por 100 km

Elétrico a carregar em casa à noite (vazio)

18 kWh

0,11–0,14 €/kWh (ordem de grandeza típica em ofertas e perfis mais competitivos)

1,98 € a 2,52 €

Elétrico a carregar em casa (fora de vazio/simples)

18 kWh

0,13–0,18 €/kWh (varia por comercializador/contrato)

2,34 € a 3,24 €

Elétrico em carregador rápido (DC/HPC)

18 kWh

0,60–0,80 €/kWh (custo efetivo típico) quando entram diversas cobranças, CEME, OPC, EGME e

Apoio Fin UVE

10,80 € a 14,40 €

Gasolina 95

7,0 l

1,693 €/l

11,85 €

Gasóleo

6,0 l

1,587 €/l

9,52 €


O que estes números mostram na prática

  1. Carregar em casa à noite continua a ser o "paraíso" da mobilidade: é aqui que o elétrico pode ficar abaixo de 3 € por 100 km em muitos cenários, o que torna impossível para gasolina/diesel competir no custo direto.

  2. O carregamento rápido em ponto público pode aproximar-se do custo de um carro a combustão (e, dependendo do tarifário e do tempo ligado ao posto, pode mesmo ultrapassar). A própria rede pública em Portugal tem diversos componentes adicionais e variáveis, como o próprio tipo de contrato, o que explica a dispersão e uma conta difícil de fazer, tal o número de variáveis que podem impactar no preço final da fatura.

  3. Entre gasolina e gasóleo, com estes preços médios pesquisados, o diesel ainda mantém vantagem no custo por 100 km — mas essa vantagem depende muito do consumo real e do diferencial de preço na bomba, lembrando que também aqui existem empresas como Radius ou Prio que fazem descontos no preço de bomba anunciado e com variáveis de acordo com o perfil do contrato.


Porquê tamanha diferença entre “em casa” e “rápido na rua”?

Em casa, paga-se essencialmente energia (€/kWh) dentro do seu contrato. Se tiver bi-horário e conseguir concentrar carregamentos no vazio, reduz bastante o custo por km. Já na rede pública temos um conjunto de "siglas" que todas elas cobram sua parcela no valor final e que explicamos em seguida:


CEME (Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica)

Este é o valor que paga pela energia propriamente dita. É o contrato que faz com empresas como a Galp, EDP, Radius, Prio, Via Verde, etc.


OPC (Operador de Ponto de Carregamento)

Este valor é pago ao dono/gestor do posto físico (Galp, Tesla, etc.) pela utilização da infraestrutura e normalmente supera o valor real a ser pago de energia adicionada ao seu veículo.


EGME (Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica - Mobi.E) e Apoio Fin UVE

Esta é a taxa paga à Mobi.E para manter o sistema centralizado a funcionar, permitindo que possa usar qualquer cartão em qualquer posto. Tal como na eletricidade doméstica, paga-se pelo uso dos cabos e infraestrutura de transporte de energia nacional.


Conclusão

Se olharmos, apenas, para o preço e custo para 100 km percorridos, o elétrico é claramente mais barato por quilómetro quando o utilizador tem condições para carregar em casa, em horário após as 22:00 período em que a energia é mais barata. Uma grande maioria das marcas que disponibilizam opções 100% elétricas na sua gama de produtos já oferece o famoso Wallbox, para instalar em casa.


Já para quem mora em prédios sem garagem ou sem estrutura de carregamento e que depende sobretudo de carregamentos rápidos em postos públicos, o custo por 100 km pode ficar muito próximo do que se paga num carro a gasolina — e, em alguns casos, supera mesmo esse valor, deixando de ser argumento decisivo.


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