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Europa elétrica em 2035: revolução inevitável ou utopia regulatória?

  • Foto do escritor: Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
    Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
  • há 24 horas
  • 2 min de leitura

Europa elétrica em 2035: revolução inevitável ou utopia regulatória?

A União Europeia definiu 2035 como o ano em que deixará de ser permitido vender automóveis novos equipados com motores de combustão interna. A medida, enquadrada na estratégia “Fit for 55”, tem como objetivo reduzir drasticamente as emissões de CO₂ e acelerar a transição energética no setor da mobilidade. Porém, este horizonte ambicioso divide especialistas, governos, fabricantes e consumidores, criando um debate que vai muito além da tecnologia: trata-se de uma verdadeira transformação cultural, económica e industrial. 


De um lado, defensores da medida acreditam que a meta de 2035 será o motor da inovação, obrigando a indústria automóvel a acelerar o desenvolvimento de veículos 100% elétricos e soluções de mobilidade sustentável. Para eles, os avanços já alcançados no desempenho das baterias, na eficiência energética e na rede de carregamento são um sinal de que o caminho é irreversível. Além disso, a pressão regulatória cria previsibilidade para investidores e pode posicionar a Europa como líder global no setor da mobilidade elétrica. 


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Por outro lado, críticos alertam para os riscos de uma transição apressada. Questões como a acessibilidade dos veículos elétricos, a escassez de matérias-primas essenciais (como lítio e cobalto), a dependência de cadeias de fornecimento externas e os desafios na infraestrutura de carregamento são fatores que levantam dúvidas sobre a viabilidade desta meta. Para muitos consumidores, sobretudo nas economias periféricas, os preços continuam a ser uma barreira significativa, e a substituição da frota existente parece distante da realidade. 


Outro ponto em debate é o impacto socioeconómico. Países cuja indústria automóvel é fortemente baseada na produção de motores a combustão enfrentam desafios estruturais, com risco de perda de milhares de postos de trabalho.


A transição exigirá programas robustos de requalificação e políticas públicas capazes de equilibrar inovação com justiça social. A própria Comissão Europeia admite a necessidade de ajustes ao plano, que tem sido muito discutido ao longo dos últimos anos, estando fechado um acordo para o uso de combustíveis sintéticos (e-fuels), especialmente defendidos por países como a Alemanha e a Itália e dando assim continuidade aos motores a combustão.


O futuro da mobilidade europeia, portanto, joga-se entre a urgência climática e a realidade prática. Até 2035, muito poderá mudar: novas tecnologias, políticas de incentivo mais abrangentes e um mercado que, gradualmente, se adapta às exigências ambientais. O certo é que a discussão não é apenas sobre o fim do motor a combustão, mas sobre a capacidade da Europa de liderar — ou de se perder — numa das maiores revoluções industriais do século XXI. 




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