
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.













O mais recente Relatório Económico e de Mercado da ACEA (Associação Europeia dos Construtores Automóveis), relativo ao primeiro semestre de 2025, revela uma realidade marcada por contrastes entre os principais mercados mundiais e desafios acrescidos para a União Europeia.
As perspetivas económicas da União Europeia mantêm-se cautelosamente otimistas, com o PIB a crescer 1,1% em 2025, apesar das tensões comerciais e da alteração de tarifas por parte dos Estados Unidos.
A inflação deverá abrandar para 2,3% em 2025, aproximando-se da meta dos 2% do BCE, e a taxa de desemprego poderá atingir em 2026 um mínimo histórico de 5,7%.
Registos mundiais cresceram 5%, atingindo 37,4 milhões de unidades.
China liderou com um aumento expressivo de 12%, impulsionada por incentivos ao abate e políticas de apoio aos veículos de nova energia.
América do Norte registou um crescimento modesto de 2,5%, ainda com dúvidas quanto à procura no final do ano.
Europa destoou da tendência global: queda de 2,4% nas matrículas no continente e recuo de 1,9% no mercado da UE. O Reino Unido, a EFTA e a Turquia deram algum alento.
A produção mundial subiu 3,5%, para 37,7 milhões de veículos.
Ásia concentrou 60,1% do total.
A UE representou 15,9%, mas sofreu uma quebra de 2,6% devido a metas ambientais mais rígidas, custos elevados de energia e tarifas.
China destacou-se com uma subida de 12,3% na produção, apoiada em políticas públicas e no crescimento das exportações.
Na Europa, a produção mantém-se concentrada:
Alemanha (20% do total vendido na UE), seguida de Espanha, Chéquia, França e Eslováquia.
Os fabricantes europeus garantem ainda 74% do mercado interno.
Contudo, os automóveis fabricados na China já representam 6% das vendas na UE, evidenciando a crescente competitividade das marcas chinesas.
O setor automóvel da UE registou uma queda de 3,3% em exportações e importações, o que reduziu o saldo comercial positivo.
Exportações para a China caíram 42%, refletindo o peso das marcas locais e a rápida transição para os veículos elétricos.
Importações da China continuaram a aumentar.
O Reino Unido destacou-se como destino em crescimento (+8,1%), enquanto os EUA recuaram (-13,6%).
O mercado europeu de veículos comerciais ligeiros, pesados e autocarros registou quebras generalizadas no primeiro semestre de 2025.
Em Espanha, o segmento de furgões mostrou alguma resiliência, mas o panorama europeu permanece fraco.
A produção de furgões caiu 6,8% na Europa, ao passo que, a nível global, cresceu 1%.
Já os segmentos de camiões e autocarros na UE deverão recuperar até final de 2025, com subidas de 5,7% e 6,2%, respetivamente.
No comércio internacional, o saldo divergiu por segmento:
O excedente comercial dos furgões caiu para metade.
O saldo positivo dos camiões encolheu 12,1%.
O setor dos autocarros registou um défice superior a €1,2 mil milhões.
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