Nissan regista ligeiro crescimento na produção global, apesar da queda no Japão

Fabricante japonês fecha o semestre fiscal com recuo nas vendas e exportações, mas mantém estabilidade fora do mercado doméstico.

A Nissan, divulgou esta segunda-feira os resultados globais de produção, vendas e exportações relativos a setembro de 2025 e ao primeiro semestre fiscal (abril a setembro), revelando um cenário misto: enquanto a produção e as vendas no Japão continuam em retração, a marca conseguiu estabilizar o desempenho internacional, sobretudo na América do Norte e na China.

Produção global sobe 0,5% em setembro

Em setembro, a produção mundial da Nissan atingiu 270.933 unidades, um aumento marginal de 0,5% face ao mesmo mês de 2024. O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 5,6% na produção fora do Japão, compensando parcialmente a forte queda de 18,1% nas fábricas domésticas.

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A China destacou-se como o principal motor de crescimento, com 64.551 veículos produzidos (+11,3%), seguida pelos Estados Unidos (+11,3%) e pelo Reino Unido (+7,4%). Já a unidade do Japão registou uma queda acentuada, produzindo 47.976 veículos, refletindo a desaceleração da procura interna e restrições na cadeia de fornecimento.

No acumulado de abril a setembro, a produção global somou 1,44 milhões de unidades, uma redução de 5,3% face ao mesmo período do ano anterior.

Vendas globais caem 3,6%, mas a América do Norte cresce

As vendas mundiais da Nissan totalizaram 278.157 veículos em setembro, uma descida de 3,6% em relação a 2024. No entanto, a performance fora do Japão manteve-se estável, com uma ligeira alta de 0,1%, apoiada pelo crescimento de 5% na América do Norte.

Os Estados Unidos continuam a ser o maior mercado da marca, com 68.269 unidades vendidas (+3,7%), seguidos do México (+11,6%) e do Canadá (+0,7%). Em contraste, as vendas no Japão recuaram 21,6%, pressionadas pela fraca procura de miniveículos, segmento que registou uma queda de 23,8%.

Entre abril e setembro, a Nissan vendeu 1,53 milhões de veículos em todo o mundo, uma quebra de 3,1% em comparação com o mesmo semestre de 2024.

Exportações do Japão caem mais de 30% em setembro

As exportações japonesas da Nissan sofreram um declínio expressivo de 33,6% em setembro, totalizando 25.298 veículos enviados para o exterior. O maior recuo verificou-se nas remessas para a América do Norte (-62,1%) e Europa (-41,2%), enquanto as exportações para outros mercados, incluindo México, África do Sul e Brasil, registaram uma ligeira subida de 4,1%.

No acumulado semestral, as exportações somaram 156.661 veículos, uma queda de 14,1% face ao mesmo período de 2024.

Balanço: pressão doméstica e estabilidade internacional

Apesar das quedas registadas no Japão — tanto em produção como em vendas —, a Nissan mostra resiliência nos principais mercados internacionais, com resultados positivos na América do Norte e estabilidade na China. A marca enfrenta, no entanto, desafios persistentes no mercado interno, agravados pela redução da procura de miniveículos e pela volatilidade nas exportações.

O construtor japonês deverá concentrar esforços no lançamento de novos modelos eletrificados e na otimização da produção global para recuperar margens e consolidar o crescimento no segundo semestre do exercício fiscal 2025.

Principais indicadores – setembro de 2025

Indicador	Resultado	Variação anual
Produção global	270.933 veículos	+0,5%
Produção no Japão	47.976 veículos	-18,1%
Produção fora do Japão	222.957 veículos	+5,6%
Vendas globais	278.157 veículos	-3,6%
Vendas no Japão (incluindo miniveículos)	38.512 veículos	-21,6%
Exportações do Japão	25.298 veículos	-33,6%

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