
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.










Mercado europeu mantém quarto mês consecutivo de recuperação, com híbridos a liderar preferências e 100% elétricos a avançar, mas ainda longe da velocidade exigida para a meta climática.
As matrículas de automóveis novos na União Europeia cresceram 1,4% entre janeiro e outubro de 2025, o que representa o quarto mês consecutivo de evolução positiva. Apesar da melhoria recente, o volume total permanece significativamente abaixo dos níveis pré-pandemia, revelando um mercado que continua a recuperar lentamente. Ao mesmo tempo, os veículos elétricos a bateria reforçaram presença, com 16,4% de quota, embora ainda aquém do ritmo necessário para a transição energética prevista na década.
Os dados da ACEA confirmam uma tendência clara: os híbridos convencionais são hoje a escolha dominante na UE, atingindo 34,6% de participação. Já os elétricos a bateria (BEV) registaram 1.473.447 unidades até outubro, correspondendo a 16,4% do mercado, acima dos 13,2% do ano anterior.
Os quatro maiores mercados europeus — que juntos representam 62% das vendas de veículos elétricos — registaram crescimentos significativos:
Alemanha: +39,4%
Bélgica: +10,6%
Países Baixos: +6,6%
França: +5,3%
Também os híbridos plug-in (PHEV) continuaram a ganhar escala, com 819.201 unidades, impulsionados sobretudo pelos aumentos expressivos em:
Espanha: +109,6%
Itália: +76,5%
Alemanha: +63,4%
Os PHEV já representam 9,1% do total de matrículas na UE, contra 7% no período homólogo.
No acumulado do ano, o desempenho é igualmente robusto:
BEV: +38,6%
HEV: +9,4%
PHEV: +43,2%
O ritmo de queda dos combustíveis fósseis intensificou-se. Entre janeiro e outubro:
Gasolina: -18,3%
Diesel: -24,5%
A quota de mercado dos motores a gasolina caiu para 27,4% (antes 34%), enquanto o diesel recuou para 9,2%.
A França registou a descida mais acentuada na gasolina (-32,3%), seguida de Alemanha (-22,5%), Itália (-16,9%) e Espanha (-13,7%).
A variação homóloga de outubro reforça esta tendência:
Gasolina: -14,3%
Diesel: -21,9%
Apesar do dinamismo das tecnologias eletrificadas, a ACEA sublinha que o ritmo atual está abaixo do necessário para cumprir as metas climáticas europeias. A recuperação das vendas não é suficiente para compensar o atraso estrutural: infraestrutura desigual, custos elevados e incerteza regulatória continuam a condicionar a adoção massiva de elétricos.
Ao mesmo tempo, os híbridos — tanto convencionais quanto plug-in — tornaram-se a ponte preferida pelos consumidores numa fase de transição marcada por prudência e diversidade tecnológica.
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