
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.













Fabricante japonês fechou o mês com descidas acentuadas na produção e nas vendas domésticas, enquanto China e alguns mercados ocidentais atenuaram parcialmente o impacto no balanço global.
A Nissan terminou novembro de 2025 com um cenário misto nos seus principais indicadores industriais e comerciais. A produção global caiu 4,2% face ao mesmo mês de 2024, totalizando 257.008 veículos, enquanto as vendas mundiais recuaram 4,9%, para 265.067 unidades. O maior travão continua a ser o próprio mercado japonês, onde a quebra tanto na produção como nas vendas atingiu níveis significativamente superiores à média global.
A produção da Nissan no Japão caiu 31,6% em novembro, para 41.874 unidades, refletindo uma tendência negativa que se estende a todo o ano: entre janeiro e novembro foram produzidos 519.113 veículos, menos 14,4% do que em 2024.
No mercado interno de novas matriculas, o cenário é igualmente penalizador. As vendas totais no Japão, incluindo os chamados minivehicles, desceram 26,5% em novembro, para 28.028 unidades. O segmento mais afetado foi o dos veículos registados, que perdeu 39,5%, enquanto os minicarros recuaram de forma mais contida (-4,6%).
No acumulado do ano, o Japão soma 374.638 veículos vendidos, menos 15,6% do que em igual período de 2024, confirmando uma retração estrutural no mercado doméstico da marca.
Em contraciclo com a casa-mãe, a produção fora do Japão cresceu 3,9% em novembro, para 215.134 unidades, embora o acumulado do ano ainda revele uma queda de 4,8%.
Entre os principais polos industriais:
China registou uma subida expressiva de 22,0% no mês, com 79.310 unidades produzidas, embora o acumulado do ano continue ligeiramente negativo (-2,5%).
Reino Unido cresceu 18,0% em novembro, atingindo 24.381 veículos, mas mantém um recuo anual de 6,7%.
Estados Unidos subiram 7,1% no mês, mas acumulam uma descida de 9,5% em 2025.
México, por seu lado, caiu 17,6% em novembro, mantendo praticamente estável o acumulado anual (-2,1%).
As vendas globais da Nissan caíram 4,9% em novembro, totalizando 265.067 unidades, e recuam 4,1% no acumulado anual.
Na América do Norte, principal mercado da marca, o grupo vendeu 99.736 veículos em novembro (-5,6%), mas mantém crescimento marginal no ano (+1,3%), sustentado por México (+6,7%) e Canadá (+5,2%).
Na Europa, as vendas desceram 11,2% em novembro, com um acumulado anual também negativo (-5,7%). Já a China voltou a mostrar dinamismo, com crescimento mensal de 10,3%, apesar de ainda registar queda de 4,3% entre janeiro e novembro.
As exportações a partir do Japão totalizaram 26.894 unidades em novembro, uma quebra de 25,1% face ao ano anterior. A Europa absorveu apenas 2.985 veículos (-31,3%), enquanto os envios para a América do Norte cresceram 6,8% no mês, mas continuam fortemente negativos no acumulado anual (-27,6%).
Os dados de novembro evidenciam uma Nissan ainda a atravessar uma fase de ajustamento profundo, marcada por forte retração no Japão e dependência crescente do desempenho de mercados externos, sobretudo China e América do Norte. Embora a produção fora do Japão apresente sinais de recuperação pontual, o balanço anual continua negativo, refletindo a dificuldade do construtor em recuperar volumes de forma consistente num contexto de mercado cada vez mais competitivo.
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