
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.













O Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) chega ao seu desfecho com a emoção no máximo. A oitava e última prova da temporada — o Rallye Vidreiro Centro de Portugal (17 e 18 de outubro) — promete uma batalha épica pelo título absoluto, com Armindo Araújo, Dani Sordo e Kris Meeke separados por apenas cinco pontos e todos ainda com legítimas aspirações à consagração final.
A matemática não poderia ser mais imprevisível: Araújo (Skoda Fabia RS Rally2) lidera com 137 pontos, seguido de Sordo (Hyundai i20 N Rally2) com 133 e Meeke (Toyota GR Yaris Rally2) com 132.
No entanto, as contas ganham complexidade porque apenas os sete melhores resultados em oito provas são considerados. Araújo concluiu todas as etapas até agora, enquanto Sordo soma uma desistência e Meeke duas — o que pode ser decisivo caso qualquer um falhe o objetivo em Pombal.
A teoria diz que, se todos abandonarem, Araújo será automaticamente campeão, coroando uma temporada marcada pela consistência e velocidade. Mas a prática indica que ninguém pretende jogar pelo seguro.
A ordem é atacar desde o primeiro quilómetro e gerir a pressão ao longo das especiais organizadas pelo Clube Automóvel da Marinha Grande.

A luta pelo título promete ser uma das mais intensas dos últimos anos. Kris Meeke, atual campeão e piloto com mais vitórias e quilómetros liderados esta temporada, quer revalidar o troféu, enquanto Dani Sordo procura coroar a sua campanha portuguesa com um título inédito. Já Armindo Araújo, o piloto português mais bem-sucedido dos últimos tempos, sonha com mais um troféu nacional que reforçaria o seu legado nos ralis.
Na sombra deste duelo de gigantes estarão nomes como José Pedro Fontes, Ricardo Teodósio e Rúben Rodrigues, prontos para aproveitar qualquer deslize dos candidatos e disputar pódios importantes nesta última ronda do campeonato.
Numa temporada em crescendo, Fontes e Ponte querem terminar o ano com mais uma boa prestação num rali que lhes traz boas recordações, incluindo as já cinco vitórias do piloto do Porto nesta prova, tendo estado perto de conseguir o sexto triunfo em 2024, objetivo que lhe fugiu por apenas 1,8 segundos.
Para José Pedro Fontes, o objetivo é claro:
“Chegamos ao Rallye Vidreiro com a ambição de fechar o ano da melhor forma. Fizemos uma época em crescendo, com a segunda metade pautada por um ritmo forte e uma maior regularidade de resultados e de lutas pelos lugares da frente. Queremos terminar com um resultado que reflita e premeie todo o vasto trabalho que a equipa tem desenvolvido. Em Chaves estivemos muito perto do pódio e mostrámos que temos velocidade para lutar pelos lugares de topo. O Vidreiro é uma prova com características muito especiais, com troços rápidos e exigentes, um rali de que gosto particularmente, pelo que a motivação de tentar chegar ao sexto triunfo nesta prova é grande. Vamos dar tudo para estar novamente entre os primeiros e terminar o campeonato num pódio.”

A emoção não se limita ao título absoluto. Em 2RM (duas rodas motrizes), a decisão foi adiada para a prova final em Lisboa, com Ricardo Sousa a liderar com 114 pontos, seguido de Guilherme Meireles (103) e Henrique Moniz (100), todos ao volante de Peugeot 208 Rally4.
No CPR Júnior, Meireles já garantiu matematicamente o título, ao contrário do que sucede no FPAK Júnior Team, onde Pedro Câmara Jr procura confirmar a hegemonia depois de duas vitórias consecutivas, num pelotão competitivo liderado pelos Peugeot 208 Rally6.
O Rallye Vidreiro arranca esta sexta-feira (17) com três classificativas e termina no sábado (18) após nove provas especiais cronometradas. Os cerca de 100 quilómetros competitivos prometem emoções fortes, com troços técnicos e ritmos elevados a colocar à prova a velocidade, a resistência e a gestão de pressão dos principais protagonistas.
Tudo aponta para uma final de campeonato memorável, digna de uma época em que o CPR mostrou o seu elevado nível competitivo e crescente relevância no panorama dos ralis europeus.

17 e 18 de outubro – Marinha Grande / Pombal
Dia / Hora | Prova Especial (PEC) | Distância | Local / Observações |
SEXTA-FEIRA – 17 de outubro | |||
15:25 | Partida oficial | — | Mosteiro de Alcobaça |
16:00 | PEC 1 – Alfeizerão | 12,28 km | Primeira especial do rali |
17:10 | PEC 2 – São Pedro de Moel 1 | 17,67 km | Troço técnico junto à costa |
18:40 – 20:10 | Reagrupamento | — | Pombal |
20:10 – 20:40 | Assistência | — | Expocentro / Pombal |
21:00 | PEC 3 – Super Especial Pombal | 1,60 km | Prova espetáculo noturna no centro da cidade |
22:15 | Final 1ª Etapa | — | Pombal |
SÁBADO – 18 de outubro | |||
09:30 | Partida da 2.ª Etapa | — | Parque Fechado / Pombal |
09:32 – 09:47 | Assistência | — | Expocentro / Pombal |
11:00 | PEC 4 – São Pedro de Moel 2 | 17,67 km | Segunda passagem pelo troço costeiro |
12:15 | PEC 5 – Pombal – Carnide 1 | 14,80 km | Troço rápido com zonas técnicas |
13:00 | PEC 6 – Mata Mourisca 1 | 11,10 km | Zona florestal exigente |
13:30 | PEC 7 – Super Especial Arena Pombal | 1,82 km | Prova espetáculo em ambiente urbano |
13:35 | Reagrupamento | — | Pombal |
15:00 – 15:30 | Assistência | — | Expocentro / Pombal |
15:45 | PEC 8 – Pombal 2 | 14,80 km | Segunda passagem no troço |
16:30 | PEC 9 – Mata Mourisca 2 | 11,10 km | Troço final |
17:15 | Final do Rali / Cerimónia de pódio | — | Expocentro / Pombal |
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