
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.













O mundo do desporto motorizado viveu um momento histórico no fim de semana: a FIA Extreme H World Cup, primeira competição automóvel movida a hidrogénio, realizou a sua edição inaugural em Qiddiya, marcando o início de uma nova era tecnológica e sustentável.
O evento foi o culminar de quatro anos de desenvolvimento e colocou à prova não apenas um novo conceito de competição, mas também uma tecnologia que promete transformar o futuro da mobilidade.
Transmitida por 90 emissoras em 180 mercados, a estreia da Extreme H atraiu fãs tradicionais e uma nova geração de público, combinando sustentabilidade, inovação e igualdade de género nas equipas.
Para Alejandro Agag, fundador da Extreme H, o evento superou todas as expectativas:
“É difícil acreditar que isto está a acontecer. Estamos a ver carros movidos a hidrogénio a competir com segurança e competitividade — algo que nunca tinha sido feito antes”, afirmou.
Tal como aconteceu há uma década com a estreia dos veículos elétricos na Fórmula E, a Extreme H procurou dissipar mitos e receios em torno do hidrogénio. Apesar de acidentes e capotamentos durante a corrida, os veículos demonstraram total segurança:
“Muitos acreditavam que o hidrogénio era perigoso. Provámos que não — é seguro e viável”, reforçou Agag.
No centro desta revolução está o Pioneer 25, o carro 100% movido a hidrogénio desenvolvido ao longo de dois anos pela Spark Racing Technologies. A nova geração de veículos foi concebida especificamente para o formato competitivo da Extreme H — provas curtas e intensas, ideais para a atual autonomia dos sistemas de célula de combustível.

“Foi incrível ver o resultado final. Os carros competiram de forma extremamente renhida e mostraram todo o seu potencial,” comentou Mark Grain, diretor técnico da Extreme H. “Este é apenas o começo de uma nova era.”
O envolvimento da FIA foi decisivo para o sucesso do projeto. A federação não só ajudou a definir os regulamentos técnicos e desportivos como também governou, pela primeira vez, uma competição baseada em hidrogénio.
“É um marco para a FIA,” destacou Emilia Abel, diretora de desporto rodoviário da entidade. “Trabalhámos intensamente durante um ano para tornar isto possível. O formato curto e dinâmico responde às expectativas do público atual e provou ser um sucesso.”
A organização confirmou que Qiddiya acolherá a Extreme H durante os próximos cinco anos, sendo o palco oficial da final do campeonato. No entanto, Agag não descarta a expansão para outras localizações e até a introdução de tecnologias complementares, como a combustão de hidrogénio, numa possível coexistência com as células de combustível.

“Podemos chegar ao ponto em que ambas as tecnologias corram lado a lado. É cedo para decidir, mas o importante é que o hidrogénio veio para ficar”, adiantou o fundador da série.
Para Agag, a Extreme H representa mais do que uma competição: é uma plataforma para demonstrar que a inovação pode andar de mãos dadas com o entretenimento e a sustentabilidade.
“H em Extreme H significa Hidrogénio — e também ‘Houdini’, porque nem nós sabemos bem como conseguimos fazê-lo acontecer. Mas conseguimos, e isto é só o começo.”
Primeira competição mundial 100% movida a hidrogénio, testando tecnologia em ambiente real e competitivo.
Formato inovador, com corridas curtas, dinâmicas e de fácil acesso ao público através de diversas plataformas.
Compromisso com a sustentabilidade, alinhado com as metas globais de descarbonização.
Novo capítulo para a FIA, que passa a regulamentar oficialmente uma competição a hidrogénio.
Com a Extreme H, o automobilismo entra definitivamente numa nova era. Se há dez anos a eletrificação parecia um sonho distante, hoje o hidrogénio está pronto para acelerar rumo ao futuro — e o caminho começou a ser traçado em Qiddiya.
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