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Trump reclama que tem poucos carros americanos na Europa

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    Redação Europa
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura
Trump reclama que tem poucos carros americanos na Europa

As queixas de Trump sobre a ausência de veículos fabricados nos EUA na Europa é uma questão de competitividade, não apenas de tarifas.

 

O mercado americano dependente das importações, com apenas 61% dos veículos vendidos no país em 2024 a serem produzidos localmente. Ou seja, quase metade vêm de fora.  


Foram importados 821.000 veículos fabricados na UE para os EUA no ano passado, em comparação com 188.100 unidades no sentido inverso, uma clara vantagem na balança economica para os lados da Europa.

 

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Uma nova onda de proteccionismo americano poderá remodelar drasticamente a indústria automóvel global, à medida que os Estados Unidos procuram corrigir um desequilíbrio persistente com a União Europeia no comércio de veículos.


Este tema é o foco de um novo relatório da JATO Dynamics, "Compreender o desequilíbrio do comércio automóvel entre os EUA e a Europa", que explora as causas-raízes do desequilíbrio nos fluxos de comércio automóvel entre os dois mercados.


O relatório ilustra que este desequilíbrio comercial é o resultado de uma combinação de factores para além das tarifas. Até Abril, as tarifas da UE sobre os veículos importados dos EUA eram de 10%, enquanto a tarifa recíproca era de apenas 2,5%.


“As análises e comentários recentes sobre este tema têm-se centrado na disparidade entre as tarifas impostas por estes dois mercados entre si. No entanto, este desequilíbrio é muito mais profundo, resultante de décadas de dinâmicas estruturais, culturais e regulamentares em evolução”,

afirmou Felipe Munoz, Analista Global da JATO Dynamics.


Em percentagem dos 16,09 milhões de novos veículos ligeiros vendidos nos EUA em 2024, menos de dois terços (61%) foram produzidos localmente. Os restantes 39% foram importados, fazendo com que a sua quota de importações seja a mais elevada entre os mercados desenvolvidos. Em comparação, as importações representaram apenas 26% dos registos de veículos novos na UE, 20% na Coreia e apenas 7,8% no Japão.


Para além da relativa dependência dos Estados Unidos em relação às importações, a incapacidade colectiva dos seus construtores de automóveis em oferecer produtos com genuíno apelo internacional – com excepção da Tesla e das marcas que desenvolvem e fabricam produtos na Europa, como a Ford – é um factor significativo que contribui para o desequilíbrio comercial com a Europa.


Em 2024, as importações de veículos fabricados na UE para os EUA totalizaram mais de 821.000, enquanto as exportações de automóveis fabricados nos EUA para a UE se situaram em apenas 188.100 unidades*, um défice de mais de quatro para um.


“Um dos principais fatores que diferencia os EUA de outros mercados é a preferência dos consumidores por veículos de maiores dimensões. Os fabricantes de automóveis americanos têm ajustado cada vez mais as suas operações para satisfazer a procura interna, mas isso tem ocorrido à custa do sucesso nos mercados internacionais”, destacou Munoz.

Embora os SUV gozem de níveis semelhantes de popularidade na UE e nos EUA, representando 52% e 57% do mercado de veículos de passageiros novos em 2024, a diferença aumenta significativamente para os SUV de grandes dimensões com mais de cinco metros de comprimento. Estes veículos representavam 21% de todos os SUV nos EUA, mas apenas 2,4% do segmento na UE.


Comparativamente, 2,95 milhões de pick-ups foram vendidas nos EUA em 2024, contra apenas 156.300 na UE.


“Os picapes e os grandes SUV, nos quais as fabricantes automóveis americanas se especializaram amplamente, têm sido uma faca de dois gumes”, comentou Munoz. “Embora tenham sido uma importante fonte de rentabilidade para os dois maiores fabricantes de automóveis americanos – a General Motors e a Ford – a procura destes veículos noutros mercados não existe à mesma escala que nos EUA.”

A falta de apelo global para estes veículos levou ambas as fabricantes automóveis a reduzir as suas operações no exterior, reforçando a sua dependência do mercado interno e contribuindo ainda mais para o desequilíbrio comercial. Em contrapartida, os fabricantes europeus diversificaram os seus portefólios e adaptaram os seus produtos a um leque mais vasto de preferências internacionais, permitindo-lhes penetrar nos EUA e noutros mercados de forma mais eficaz.


"Sem um esforço conjunto dos fabricantes americanos para desenvolver produtos verdadeiramente globais que se alinhem com os requisitos regulamentares e às preferências específicas do mercado, este desequilíbrio irá provavelmente persistir", concluiu Munoz.

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