
Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
1 de out.



Artur Semedo - artur.semedo@publiracing.pt
15 de set.













Resultados positivos refletem recuperação na América do Norte, nova dinâmica comercial na Europa e aposta em investimentos estratégicos globais.
Amesterdão, 30 de outubro de 2025 — A Stellantis N.V. anunciou um crescimento de 13% nas receitas líquidas e nas entregas consolidadas no terceiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O grupo automóvel, com um portefólio de 14 marcas, presença em mais de 130 paísesque reúne marcas como Jeep, Opel, Peugeot, Citroën, Fiat, Alfa Romeo e Ram, alcançou receitas de 37,2 mil milhões de euros e entregou 1,3 milhões de veículos em todo o mundo entre julho e setembro, confirmando sinais de recuperação após um primeiro semestre mais moderado.
O desempenho foi impulsionado sobretudo pela América do Norte, Europa Alargada e Médio Oriente/África, regiões onde o grupo registou forte recuperação nas vendas e normalização de inventários. Apenas a América do Sul apresentou uma ligeira retração, associada à correção do elevado volume registado no mesmo período de 2024.
“Estamos a observar um progresso sequencial positivo e um sólido desempenho, com o regresso ao crescimento das receitas. Continuamos a alinhar os nossos recursos e planos estratégicos para garantir um crescimento rentável e sustentável a longo prazo”,
afirmou Antonio Filosa, CEO da Stellantis.
A região norte-americana foi o principal motor da subida, com um aumento de 35% nas entregas — equivalente a mais de 104 mil unidades adicionais face a 2024 — e um crescimento de 29% nas receitas, atingindo 16 mil milhões de euros. A melhoria decorre da normalização dos estoques nos concessionários dos EUA e da retoma da produção de modelos-chave como o Jeep Wrangler, o Ram 1500 e os Dodge Charger Scat Pack e Daytona.
A quota de mercado da Stellantis nos Estados Unidos atingiu 8,7% em setembro, a mais elevada dos últimos 15 meses, apoiada pelo regresso do motor V-8 HEMI de 5,7 litros na gama Ram.
Na Europa Alargada, as entregas cresceram 8%, impulsionadas pela nova geração de modelos de segmento B, como o Citroën C3, C3 Aircross, Opel/Vauxhall Frontera e Fiat Grande Panda. As receitas aumentaram 4%, refletindo maior volume e melhor mix de produto, apesar das flutuações cambiais e dos incentivos mais elevados em alguns mercados.
Contudo, a quota global de mercado na UE30 desceu ligeiramente para 15,4%, devido ao abrandamento dos mercados francês e italiano, onde a Stellantis mantém forte exposição e uma posição dominante nos veículos comerciais ligeiros.
As vendas na região Médio Oriente e África subiram 21%, sustentadas pelo aumento da produção local de veículos Fiat na Argélia e pelo dinamismo dos mercados da Turquia e Egito. As receitas subiram 9%, refletindo o crescimento da procura e a melhoria do preço médio de venda, ainda que parcialmente penalizadas pela desvalorização da lira turca.
Na América do Sul, as entregas caíram 3%, consequência de uma base de comparação atipicamente alta no terceiro trimestre de 2024, quando o grupo compensou atrasos provocados pelas cheias no Rio Grande do Sul. As receitas recuaram 5%, afetadas pela desvalorização do real brasileiro e do peso argentino.
Na região China, Índia e Ásia-Pacífico, o desempenho manteve-se estável, com crescimento de 7% nas entregas e receitas praticamente inalteradas face a 2024.
A marca Maserati, por sua vez, registou uma redução de 14% nas vendas, associada a uma reestruturação do portefólio e ao reposicionamento estratégico da marca no segmento de luxo eletrificado.
A 14 de outubro, a Stellantis anunciou um programa estratégico de investimento de 13 mil milhões de dólares para os próximos quatro anos nos Estados Unidos, o maior da sua história no país. O plano prevê cinco novos veículos, criação de 5.000 empregos e a reabertura da fábrica de Belvidere (Illinois) para produzir os novos Jeep Cherokee e Compass.
Outros projetos incluem:
Nova pick-up Ram de médio porte em Toledo (Ohio);
Produção de um SUV elétrico de grande porte em Warren (Michigan);
Nova geração do Dodge Durango em Detroit;
Produção do motor GMET4 EVO em Kokomo (Indiana).
Com estes investimentos, a Stellantis planeia aumentar a produção anual nos EUA em 50% até 2029, reforçando a presença industrial e o portefólio de produtos no maior mercado do grupo.
A empresa mantém as previsões positivas para o segundo semestre de 2025, esperando:
Crescimento contínuo das receitas líquidas;
Margem operacional (AOI) de um dígito;
Melhoria dos fluxos de caixa industriais livres face ao primeiro semestre.
A Stellantis adiantou ainda que está a rever o processo de estimativa de garantias, o que poderá implicar ajustes pontuais de despesa no final do exercício.
Até ao final de setembro, a empresa já tinha lançado seis dos dez modelos previstos para 2025, entre eles o Fiat 500 Hybrid, o DS Nº8, o Dodge Charger Scat Pack, o Cherokee e o C3 Aircross. Os restantes estreiam-se no quarto trimestre, consolidando a renovação do portefólio global.
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